sexta-feira, 31 de maio de 2013

JESUS ANDA SOBRE AS ÁGUAS



“E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra banda, enquanto despedia a multidão. E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar á parte. E, chegada já à tarde, estava ali só. E o barco já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o vento era contrário. Mas, á quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, caminhando por cima do mar. E os discípulos vendo-o, caminhar sobre mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu; não temais”.       Mateus 14:22-27.


O texto começa com os discípulos recebendo uma ordem direta de Jesus, e obedecendo-a.
        Segundo o dicionario Aurélio da língua portuguesa, discípulo é a pessoa que recebe instruções , aquele que segue as doutrinas de outrem , em outras palavras, pra ser um discípulo precisa ter um mestre, alguém para seguir. Geralmente é discípulo quem escolhe o seu mestre, mas neste caso aconteceu diferente, o Mestre foi quem escolheu os seus discípulos.
        Costumo dizer que não fui eu quem aceitou a Jesus, mas Ele quem me aceitou, pois  Ele  me amou primeiro. A bíblia diz que antes que os seus ossos focem formados no ventre de tua mãe, Ele te escolheu e Ele te chamou pelo teu nome.
        Não foram os discípulos quem escolheram a Jesus, mas o próprio Cristo escolheu a cada um. E  quando escolheu, já os escolheu dando a cada um uma ordem.
Quando Jesus chama Mateus, Mateus estava sentado numa coletoria de impostos, era um publicano, e haviam filas de pessoas para deixarem ali as suas contribuições pecuniárias impostas pelo estado romanos.
        Mateus era o nome dado pelos Romanos, seu verdadeiro nome é Levi, e só sabiam disso pessoas de seu cotidiano, que com ele conviviam, e  o conheciam.
        Mas agora chega um homem chamado Jesus, que não era daquela província nem dos seus arredores, se aproxima, entra em uma das filas, e frente a frente com ele diz:
        - Levi, Levi, segue-me...
        No lugar de Mateus você pensaria a mesma coisa. Quem é Esse? E como Ele sabe meu verdadeiro nome?
Sabe o que Deus esta dizendo?
Deus  te conhece. Deus conhece o seu deitar, o seu levantar, sabe o teu nome, o teu endereço, sabe onde você mora, o que você faz. Deus sabe onde você estuda, onde você trabalha, com quem você anda, com quem você fala. Deus sabe oque falam de você, oque pensam de você, tudo o que acontece com você, sabe tudo o que te falta, o que te sobra, porque Ele é quem te chamou, e Ele mesmo quem te diz:
        NÃO TEMAS! NÃO TEMAS! NÃO TEMAS! POIS EU SOU CONTIGO!!!.
        Nada acontece na tua vida por acaso, tudo o que acontece é com a permissão de Deus. Jesus disse: o que eu permito hoje, talvez você não entenda, mas amanhã compreenderas. E Deus na tua vida não vai permitir nada que você não seja capaz de suportar.
Quando Jesus chama Pedro, Pedro passara a noite inteira em alto mar, sem pescar peixe algum. Jesus se aproxima e começa a pregar, eram tantos os que ali estavam que a bíblia diz que multidão O-espremia.  Jesus chega, sobe no barco, e pede pra que Pedro afaste um pouco da terra, e assentando-se ensinava de cima do  barco a multidão.
          Acabando de falar, Jesus olha e vê Pedro cansado encostado no barco lavando  as redes. Jesus da duas ordens a Pedro. Jesus diz: vai até o  mar e lança-te as redes. Pedro responde Mestre havendo trabalhado toda a noite nada apanhamos, mas sob A TUA PALAVRA lançarei a rede.
  Jesus é o Pão da vida, aquele que prove pro corpo e também pro espirito. Jesus jamais despede alguém vazio. Pedro  ouviu a Palavra, se alimentou espiritualmente, e agora Jesus o alimentaria fisicamente. Quando Jesus da uma ordem a Pedro para ir para o mar, Jesus da uma nova direção a ele, direção contraria aquela a qual Pedro passara aqueles dias, sem conquistas.
Jesus esta dando uma nova direção na tua vida, a partir de hoje, Jesus te mostrara um novo horizonte, o lugar da sua benção, da sua vitoria.
Pedro já estava cansado, passara a noite toda em alto mar e não pescara nada, mas mesmo assim o seu cansaço não o impediu de escutar a voz de Cristo e obedece-lo.
Talvez você esteja cansado, você busca, ora e parece não ter resultados, e quanto mais você busca mas as coisas parecem dar errado na sua vida, no seu lar, no teu casamento. Mas Deus esta entrando com providencias hoje. Dê ouvidos a voz do Senhor. Jesus foi quem te escolheu da mesma forma a qual chamou cada um de seus discípulos.
         Sabe o que acontece a seguir? Pedro lança a rede e eles  pegam tantos peixes que as redes quase que se rasgaram,  a bíblia nos relata que tiveram que trazer outro barco para colocarem os peixes de tantos que eram.
         Deus esta dizendo que com as suas próprias forças, com os seus próprios conhecimentos, e sozinho  você não alcançara nada, andara sem direção,  mas se estiver firmado na Palavra, muitas serão as bençãos de Deus sobre a sua vida.
Voltando ao texto que lemos no inicio, a bíblia diz que Jesus ORDENOU que seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante Dele... Em outras traduções esta escrito que Jesus MANDOU, e em outras, que Jesus OBRIGOU que eles fossem adiante.
          Jesus Ele não pediu, pois quando você pede, você abre margem para que a pessoa diga sim ou não, certamente se tivesse pedido  os seu discípulos teriam dito:- Mestre, faz o que tem de fazer que nós o esperamos. Jamais um discípulo aceitaria ir a frente de seu Mestre, eles teriam negociado com Ele para ao menos irem juntos, mas nunca a frente. Jesus sabendo disso não pede, ordena, entrem no barco e vão adiante de Mim.
          Eu tento encontrar na Bíblia alguma passagem em que o homem vai adiante de Deus, vai a frente do Senhor, e se de bem. Mas não encontro.
          Quando Moisés vai conduzir o povo pelo deserto, a Bíblia diz que Deus ia ADIANTE DELES, de dia em forma de nuvem para os proteger do calor escaldante, e a noite em forma de fogo para os aquecer do frio do deserto. Quando Josué vai passar o Jordão em JS 3:6 Josué pede para os sacerdotes que carregavam a arca (representando a presença de Deus), pra eles irem ADIANTE DO POVO. Nestas e enumeras passagens bíblicas DEUS SEMPRE VAI A FRENTE.
         Então porque que Jesus pede para os seus discipulados irem adiante Dele?
         Jesus quando esta na terra Ele tinha duas natureza, sua natureza Humana e sua natureza Divina, na sua natureza Divina, Jesus é onisciente Ele sabe todas as coisa, sabe tudo o que vai acontecer antes que as coisas aconteçam, então se Jesus sabia as dificuldades que os seus discípulos iriam enfrentar, e se sabia que eles não conseguiriam, então porque Jesus permitiu que eles fossem adiante e sozinhos?
         A resposta é simples, primeiro porque Jesus sabia que logo não estaria mais ao lado deles, na sua natureza Humana, então queria provar a fé de cada um, não que não soubesse o tamanho da fé de seus discípulos, pois Ele é onisciente, sabe todas as coisas, mas sim para que cada um deles soubesse o tamanho da sua própria fé. E em segundo, Jesus queria que compreendesse até onde conseguiriam chegar indo a diante, e fora da sua presença.
          Nesse caso eles não foram adiante porque queriam, mas por ordem do Mestre, e quando Deus mande Ele se responsabiliza.
E os discípulos então ouvindo a voz de Cristo, obedeceram, conforme a tua Palavra.
         Chegando  ao meio do mar o barco a qual estavam foi açoitado pelas ondas, pois enfrentaram um vento contrario, um vento tão forte que fazia com que empurrasse o barco de volta pra traz, quase o fazendo virar.
Sabe  porque os discípulos enfrentaram dificuldade na sua trajetória?
Porque eles foram obedientes a Palavra de Jesus. Todas as vezes que o Senhor te ordenar algo, e você obedecer a Sua Palavra, um vento contrario vira sobre a sua vida. Pra tentar fazer com que você volte pra traz, pra tentar impedir que você continue a sua trajetória. Pra tentar te confundir.
Talvez você pense assim: que vantagem estou tendo em ser obediente. Pois se eu tivesse sido desobediente e estivesse passando por isso, eu compreenderia, pois saberia que tudo oque esta acontecendo comigo é fruto da minha desobediência. Mas sendo eu obediente a Palavra do Senhor, fazendo tudo conforme o Senhor me ordenou, e enfrentando ventos contrários, enfrentando dificuldades, que vantagem estou tendo em ser obediente?
Deus Ele diz assim pra você:
A vantagem que você tem é grande. O desobediente passa pela tempestade sozinho, passa pelo vento contrario, pelo mar da dificuldade também só. Você não. Ainda que o vento seja forte, que a dificuldade seja grande, que pareça que você não ira suporta-la. No momento mais difícil da tua trajetória Jesus vira ao seu encontro e o vento terá que cessar, a tempestade terá que acabar, o teu barco ele não vai naufragar pois o próprio Cristo passa contigo.
           João quando escreveu sobre o mesmo assunto disse que tudo isso acontecia porque Jesus ainda não viera a ter com eles.
Agora o texto nos diz que na quarta vigília da noite dirigiu-se Jesus para eles. Quarta vigília era entre três e seis da manhã, a hora mais escura da noite, e a bíblia diz que os discipulados quando o-viram acharam que era um fantasma, de tão reluzente que estava Jesus.
Sabe o que Deus esta dizendo com isso?
Que muitas coisas que Deus permite acontecer, não é pra tua morte, mas pra que a Gloria de Deus seja revelada através da tua vida. 
E Deus Ele escolhe a hora mais escura, mais sombria, quando você pensa que não da mais, pra se revelar a você, e dizer a você que VOCÊ NÃO VAI PADECER NESSA SUA TRAJETÓRIA, O SEU DEUS ELE VAI TE DAR A VITORIA, O SEU BARCO NÃO VAI AFUNDAR. A SUA BENÇÃO JÁ ESTA DECRETADA, A SUA VITORIA JÁ TEM HORA MARCADA.
E tem mais Jesus foi ao encontro dos discípulos andando sobre as águas.
As águas turvas deste texto representa a tua luta, a tua maior dificuldade, aquele problema que você tem enfrentado no seu lar, na tua casa, na tua família.
            Quando a bíblia diz que Jesus vem andando sobre as águas, Deus Ele esta dizendo a você que por maior  que for o teu problema, ele esta debaixo dos pés de Jesus. Jesus é maior do qualquer problema que você possa enfrentar, Jesus esta por cima de tudo. Tem uma frase que diz: Me conte o tamanho do seu problema que eu te digo o tamanho do meu Deus. Deus diz pra você NÃO TEMAS!, nesta luta você não esta sozinho, EU O SENHOR ESTOU CONTIGO.  E VOU TE DAR A VITORIA.
Depois disso tudo, quando eles viram que era Jesus, a bíblia diz que Pedro fala pra Ele, se é tu mesmo permita-me que eu vá a teu encontro. Jesus disse vem!
Pedro começa andar por cima das águas. Enquanto Pedro olhava pra Cristo, Pedro permanecia firme, mas quando Pedro tira seus olhos de Cristo e começa olhar pro vento, e pro mar, ele começa a afundar.
Se você deixar de olhar pra Cristo, e começar olhar pro mar, pros ventos contrários, ou seja, pra suas dificuldades, pras suas adversidades, pros teus problemas, você ira naufragar na fé. Mas enquanto você estiver olhando pra Jesus, você permanecera firme!.
Olhe somente pra Jesus.
A bíblia diz que o diabo tem poder.
Mas Cristo tem todo o poder!!!.

                                                                                                   Claudio Jesus

terça-feira, 16 de abril de 2013

A Igreja em Laodiceia



LAODICEIA, UMA IGREJA MORNA.

A Fundação da Igreja em Laodiceia
Laodiceia recebeu este nome em 250 a.C, após ser conquistada pelo governador sírio, Antíoco II, em homenagem a sua esposa Laodice. Em 133 a.C. os romanos fizeram da cidade um centro judicial e administrativo, investindo também em sua infra-estrutura, cooperando dessa forma para que se transformasse num rico centro comercial. Suas atividades econômicas envolviam a industria de lã negra, o manufaturamento de vestimentas comuns e caras, e a invenção e produção de um colírio eficaz para os olhos. [1] Essas atividades, e a riqueza material delas advindas será utilizada por Jesus como metáfora para descrever a real condição espiritual da igreja em Laodiceia.
Uma característica bem peculiar da cidade, que será também citada metaforicamente por Jesus, era a qualidade de sua água. A cidade era abastecida pela água que vinha de Heliópolis, que ficava a uma distância de aproximadamente dez kilômetros, que chegava em Laodiceia morna e saturada com carbonato de cálcio, onde bebida naquelas condições induzia ao vômito. [2]
O templo para o culto ao imperador ocupava um lugar central na cidade. [3]
Assim como no caso de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes e Filadélfia, o Evangelho pode ter chegado em Laodiceia através da obra missionária de Paulo (At 19.10), mas não devemos descartar a hipótese de que testemunhas e convertidos no dia de Pentecostes poderiam ter sido os primeiros a levar o Evangelho para aquela região (At 2.5-11).
A Condição da Igreja em Laodiceia
Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; (Ap 3.15-16)
A condição espiritual da igreja em Laodiceia se assemelhava com a mornidão da água da cidade. Laodiceia vivia um modelo de cristianismo tão apático, que as suas obras não eram sequer dignas de serem mencionadas. Pregação, ensino, evangelização, discipulado e outras realizações parecem não fazer parte da agenda da igreja em Laodiceia. É nesse ponto que encontramos na carta o primeiro sinal da manifestação da graça de Jesus operando em favor dos crentes laodicenses. Ele declara: “estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. O tempo verbal no grego implica uma ação ainda não executada, ou seja, apesar da condição da igreja, a graça de Jesus estava dando aos crentes em Laodiceia tempo para se arrependerem após a leitura da carta. [4] Muitas igrejas locais ao longo da história já foram vomitadas pelo Senhor, por desprezarem ou abusarem da graça, que sempre precede o juízo de Deus.
[...] pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. (Ap 3.17)
Os comentaristas estão divididos se a declaração de Jesus aqui diz respeito a um sentimento de auto-suficiência espiritual ou material da igreja em Laodiceia. Na realidade, os dois tipos de sentimento são perniciosos. Nossa Assembleia de Deus, assim como qualquer outra denominação evangélica, precisa estar alerta para esse tipo de postura.
Nenhuma igreja pode se vangloriar do poder do Espírito e dos dons que nela opera, do capital teológico e cultural que possui, de sua riqueza musical, nem de qualquer outra riqueza espiritual. O que temos e somos, temos e somos pela graça de Jesus.
E o que falar das coisas materiais? Mas uma vez temos aqui um alerta contra os perigos das ideias fomentadas pela Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira. Ser rico não é pecado (nem ser pobre também), mas implica em muitos perigos:
Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. [...] Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida. (1 Tm 6.9, 10, 17-19)
A prosperidade espiritual, ministerial, financeira e material, quando graciosamente, e não barganhosamente adquirida, não deve alimentar nossas loucas concupiscências, nem fortalecer nenhum sentimento de orgulho e auto-suficiência. A igreja em Laodiceia não apenas vivenciava, mas também verbalizava a sua aparentemente rica, mas na realidade infeliz, pobre e miserável condição.
A igreja em Laodiceia foi vitimada também pelo auto-engano, tendo uma visão equivocada de si mesma. A igreja em Laodiceia estava cega ao ponto de não perceber a sua nudez espiritual. Uma coisa é aquilo que pensamos de nós mesmos, e outra é o que Deus pensa e diz sobre nós. Precisamos nos ver como Deus nos vê. Precisamos nos perceber como Deus nos percebe. Foi percebendo tal necessidade, e se achando incapaz de ter uma visão real de sua própria condição, que o salmista orou ao Senhor:
Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno. (Sm 139.23-24)
Oremos ao Senhor, para que Ele comunique à nossa consciência o nosso real estado espiritual, para que assim possamos ser poupados do vômito divino.
Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. (Ap 3.18)
Mas uma vez temos aqui a graça de Jesus agindo em favor da igreja. O texto se equipara ao que encontramos em Isaías 55.1: [5]
Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
Como podemos comprar alguma coisa do Senhor? Somente através da graça é possível obter dele ouro refinado, vestiduras brancas e colírio. A fala de Jesus assume o tom de um amável conselho.
Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. (Ap 3.19)
O amor de Jesus não implica numa tolerância conivente. Quando se faz necessário ele nos disciplina, e faz isso ainda em amor (Hb 12.5-11). Os crentes em Laodiceia tinham abandonado o zelo pelas coisas do Senhor. O termo grego zelos em sentido figurado positivo (Jo 2.17; Rm 10.2; 1 Co 14.1; 2 Co 7.7,11; 11.2; Cl 4.13) implica em ardor, cuidado, fervor, características que deveriam ser buscadas pela igreja.
A necessidade de arrependimento é aqui também declarada. O arrependimento que possibilita novamente o perdão e aceitação de Deus é mais do que simples verbalização de frases prontas e impressionistas. O termo grego para “arrependimento” é metanoeo, que implica em mudança de pensamento ou mentalidade que resulta em mudança de sentimentos e atitudes. É uma mudança plena de uma condição que desagrada a Deus, para uma outra condição que o alegra. Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples remorso (2 Co 7.10).
Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. (Ap 3.20)
Que imagem forte. O Senhor da igreja, que pela altivez e orgulho dos crentes fora dela excluído, graciosamente e pacientemente bate à sua porta buscando oportunidade de cear, comungar e celebrar. Em congregações, lares e vidas, o quadro se repete na atualidade.
Que o alerta e a promessa de Jesus aos crentes laodicenses possa reverberar e encontrar guarida em vidas auto-suficientes, apáticas, indolentes e mornas:
Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Ap 3.21-22).

Comentário e subsídio do Pr. Altair German

A Igreja em Filadélfia



FILADÉLFIA, A IGREJA DO AMOR PERFEITO.

A Fundação da Igreja em Filadélfia
Filadélfia foi fundada em 140 a.C. por Átalo II. Em homenagem a seu irmão Eumenes, e por seu amor fraterno a ele, a cidade chamou-se Filadélfia. Com um solo extremamente fértil, a cidade tornou-se conhecida por seus vinhos e bebidas refrigerantes. Um templo foi erguido entre 69 e 70 d.C. em homenagem e para culto ao imperador Vespasiano. [1] O ponto forte de Filadélfia era a sua localização estratégica, o que a tornou rota obrigatória do correio imperial nas comunicações entre o ocidente e o oriente. [2]
Assim como em Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira e Sardes, o Evangelho pode ter chegado naquela cidade através da obra missionária de Paulo (At 19.10), mas não devemos descartar a hipótese de que testemunhas e convertidos no dia de Pentecostes poderiam ter sido os primeiros a levar o Evangelho para aquela região (At 2.5-11).
A Condição da Igreja em Filadélfia
Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá: (Ap 3.7)
Em sua apresentação à igreja em Filadélfia, o Senhor Jesus destaca três de seus atributos: santidade, verdade e autoridade soberana. Na condição de santo: “Ele é absolutamente separado de todas as Suas criaturas e exaltado sobre elas, e que Ele é igualmente separado da iniqüidade moral e do pecado”. [3] Como verdade, o conhecimento, declarações e representações do Cristo Deus se conformam eternamente com a realidade. [4] Ele é aquele de plena integridade, confiabilidade e fidelidade. [5] Em sua autoridade soberana, Ele governa sobre tudo e sobre todos, e ninguém pode lhe impor limites. Ele realiza sua vontade no céu e na terra (Mt 28.18) sem impedimento algum (Ef 1.11; Rm 11.36). [6] Por isso, Ele abre e ninguém fechará, e fecha e ninguém abrirá.
Conheço as tuas obras — eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar — que tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. (Ap 3.8)
Junto com Esmirna, Filadélfia não é repreendida pelo Senhor. São muitas as indicações da forte influência da igreja em Filadélfia através dos séculos, mesmo quando o islamismo tornou-se a religião dominante naquela região. Na primeira metade do século 20, cinco congregações cristãs ainda floresciam em Filadélfia. [7]
Há praticamente consenso entre os estudiosos das Escrituras de que a “porta aberta” citada na carta se relaciona com o lugar onde Filadélfia estava estabelecida, o que facilitava a pregação do Evangelho (1 Co 16.9; 2 Co 2.12; Cl 4.3). Dessa forma, através da igreja em Filadélfia, o Evangelho era livremente e ativamente pregado e ensinado.
No caso da “pouca força” da igreja, alguns comentaristas atribuem o fato ao número pequeno de crentes na cidade [8], enquanto que outros afirmam a carência de poder espiritual, em comparação com o Pentecoste. [9] Há ainda os que alegam a ausência de riquezas materiais, pujança teológica e de celebridades. [10] Independente do significado de “pouca força”, na graça de Jesus a igreja permaneceu fiel ante a oposição dos da sinagoga de Satanás (Ap 3.9), a quem o Senhor promete fazer vir e curvar-se diante deles, levando-os a admitir o amor de Jesus por sua igreja.
Lições que Aprendermos com a Igreja em Filadélfia
A igreja em Filadélfia nos ensina grandes lições e nos deixa belos exemplos.
Em primeiro lugar, é necessário continuar aproveitando a liberdade de pregação do Evangelho em terras nacionais, mas sem se descuidar com as missões transnacionais. O brasileiro é privilegiado com a pluralidade de seu estereotipo, o que facilita a sua infiltração em qualquer nação e povos no mundo. Infelizmente, a pregação do Evangelho vem se enfraquecendo, e os recursos que deveriam ser investido em missões e nos missionários são gastos com luxo, superfluidade denominacional e pessoal por parte de algumas lideranças. Em muitos lugares se pratica uma falsa generosidade, onde o líder da igreja vive com um altíssimo salário (além de outros privilégios), enquanto seus auxiliares, na grande maioria, ganham pouco mais do que o mínimo. Quando reclamam, escutam que precisam aprender a viver pela fé, enquanto o próprio líder não vivencia esse tipo de fé. Será que esses líderes passariam hoje na prova do jovem rico, aqui adaptada?
Disse-lhe Jesus (ao presidente): Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá aos pastores e obreiros auxiliares e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me. Tendo, porém, o presidente ouvido esta palavra, retirou-se triste, por ser dono de muitas propriedades. (Adaptado de Mt 19.21-22)
Não me refiro aqui a ninguém especificamente, e o Senhor é minha testemunha. Nem estou afirmando que todo “presidente de igreja” é rico, avarento e injusto. Conheço muitos que vivem dignamente, em justiça, e em generosidade o Evangelho de Jesus. Falo apenas de circunstâncias e fatos da vida evangélica real. Alguém certa vez me disse que eu deixaria de ser convidado por algumas igrejas por causa de minhas claras e firmes colocações. Penso que enquanto houver pastores sérios e tementes a Deus à frente de igrejas, o Senhor continuará a me “abrir portas” através de seus servos fiéis. Creio naquele que me chamou, e que me achou digno para o santo ministério. Não posso recuar diante daquilo para o qual fui designado. Para isso, conto com a graça de Jesus, com o poder do Espírito e com as orações dos santos.
Se Jesus não era mais rico do que os apóstolos, e se os apóstolos não foram mais ricos do que os bispos e presbíteros, se os bispos e presbíteros não foram mais ricos que os diáconos, e se a liderança da igreja de forma geral não era necessariamente mais rica que os membros, de onde vem a ideia de que quanto maior o cargo na igreja, mais dinheiro e posses se deve ter? Pura mentalidade capitalista selvagem. Prego aqui algum tipo de socialismo ou comunismo cristão? Não, antes, na atual conjuntura, falo de encurtar as distâncias econômicas entre obreiros, e entre obreiros e igreja.
Em segundo lugar, as portas para a pregação do Evangelho não são abertas por fórmulas mágicas ou estratégias mirabolantes de evangelização ou crescimento de igreja. Deus coopera com o homem (1 Co 3.9) na pregação do Evangelho, mas todo raciocínio e lógica humana precisam estar submissos a sua soberana vontade e direção (At At 13.1-3; 16.6-10).
Em terceiro lugar, a força espiritual de uma igreja não está no tamanho dela, na opulência dos seus templos, na influência social de seus membros, no dinheiro guardado em caixa, nem no seu patrimônio histórico, material e cultural. A força espiritual de uma igreja não pode ser aferida somente pelas manifestações dos dons espirituais, das línguas, das profecias, dos milagres, das curas, etc. A força e a autoridade espiritual de uma igreja local se relacionam diretamente com a sua obediência incondicional ao seu Senhor. Diante desta autoridade, não há sinagoga de Satanás que possa prevalecer.
Termino como nas demais cartas, citando as promessas de Jesus à igreja em Filadélfia, que podem se manter, ou se tornar nossas também:
Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Ap 3.11-13)


Comentário e subsídio do Pr. Altair German


segunda-feira, 15 de abril de 2013

A Igreja em Sardes


SARDES, A IGREJA MORTA.

A Fundação da Igreja em Sardes
Edificada sobre um promontório a 500 metros acima do nível do mar, quase inconquistável, Sardes teve um passado de glória, chegando a ser capital do reino de Lídia, e sinônimo de prosperidade e sucesso. Era uma grande fabricante de roupas de lã, próspera em comércio de produtos oriundos da agricultura. Em Sardes a deusa Ártemis era cultuada.
Assim como em Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira, o Evangelho pode ter chegado naquela cidade através da obra missionária de Paulo (At 19.10), mas não devemos descartar a hipótese de que testemunhas e convertidos no dia de Pentecostes poderiam ter sido os primeiros a levar o Evangelho para aquela região (At 2.5-11).
A Condição da Igreja em Sardes
Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. (Ap 3.1)
Em sua apresentação nesta carta, Jesus se revela de duas maneiras:
- Aquele que tem os sete espíritos. A expressão “sete espíritos” descreve a plenitude do Espírito Santo que é único. Não é por acaso que a plenitude do Espírito é aqui destacada. É o Espírito Santo quem dá plena vitalidade a uma igreja local. No Novo Testamento vemos o Espírito Santo atuando na igreja de várias formas, dentre as quais: Revestindo de poder (At 1.8; 2.1-4; 4.31), trasladando sobrenaturalmente (At 8.39-40), orientando na separação de obreiros (At 13.1-3), participando das decisões conciliares (At 15.28-29), direcionado as missões (At 16.6-10), distribuindo dons à igreja (1 Co 12.11). Ao mudar de atitude em relação ao Espírito, uma igreja local pode iniciar um processo de morte. Os passos para isso são geralmente os seguintes: Resistir ao Espírito (At 7.51), entristecer ao Espírito (Ef 4.30), extinguir /apagar o Espírito (1 Ts 5.19), blasfemar contra o Espírito (Mt 12.31-32).
- Aquele que tem as sete estrelas. Da mesma forma que no caso dos sete espíritos, as sete estrelas falam da plenitude do senhorio de Cristo sobre a sua Igreja. Ele é o Senhor absoluto sobre ela. A Igreja tem dono, e pode ter certeza que não é nenhum pastor ou líder nacional, regional ou local. Jesus não tem sócios na Igreja. Apesar de muitos na atualidade agirem como se fossem donos da Igreja de Jesus, na realidade, se portam (ou são) como donos das instituições religiosas por eles fundadas, herdadas ou dirigidas (igrejas locais). Essa postura inclui: Colocar o patrimônio físico da igreja (instituição) em seu nome, ou em nome de familiares e parentes, beneficiar-se financeiramente de forma absurda e escandalosa da igreja (instituição), além de beneficiar familiares, parentes e amigos, estabelecer o filho ou algum parente como sucessor, para assim manter os privilégios (afirmo que não há nada de errado quando os filhos ou parentes são devidamente qualificados para as funções ou divinamente vocacionados para o santo ministério, e quando não há interesse na manutenção de privilégios), ditar as normas, as regras, os costumes e a tradição da igreja (instituição), ameaçar aqueles que discordam de seus posicionamentos com cortes de salários, demissões, mudanças para campos, congregações ou trabalhos menores ou mais difíceis, perda de cargos e funções em mesas diretoras, supressão de oportunidades para ensino e pregação, etc. Os donos das igrejas (instituições) estão em toda parte, deitando e rolando, fazendo e acontecendo, se achando poderosos e irremovíveis.
Infelizmente, o quadro de saúde espiritual de Sardes tinha se agravado tanto que a igreja não estava mais em coma, e sim morta. Com cerca de 60 anos de fundação, a igreja chegou ao fundo do poço. Interessante é que a igreja mantinha a sua reputação de viva diante dos homens, mas diante de Deus, que não se engana com reputação, estava morta. Sardes se tornara esteticamente e aparentemente viva, mas espiritualmente e essencialmente morta.
Lições que Aprendermos com a Igreja em Sardes
As Assembleias de Deus no Brasil, assim como a igreja em Sardes, gozam de uma grande reputação nacional. Grandes e majestosos templos, excelentes estruturas, escolas, faculdades, hospitais, abrigos, creches, etc. Tudo isso sinaliza para uma boa condição financeira e econômica. No campo político já consegue espaço com vários representantes no legislativo e executivo. Juízes, promotores, advogados, médicos, engenheiros, administradores e educadores são encontrados entre pastores e membros da igreja. A maior igreja evangélica no Brasil impõe respeito aos de dentro e aos de fora.
Sua história, assim como a história das igrejas da Ásia Menor, foi marcada pelo poder atuante do Espírito, pelo ensino bíblico ortodoxo, pela marcante evangelização, pelo dedicado discipulado, pela fervorosa e sincera adoração, pela maravilhosa comunhão e por outras características e ações de uma igreja genuinamente cristã.
Assim como Sardes, e como qualquer outra igreja que já experimentou grandes momentos em sua história, não podemos de maneira alguma descuidar. Foi por isso que Jesus advertiu a igreja em Sardes com as seguintes palavras: “Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”. (Ap 3.2)
É preciso estar atento e aprender com a história. Em 214 a.C, Antíoco o Grande, rei da Síria, enviou seus exércitos contra Sardes. Seus soldados escalaram os muros desprotegidos e capturaram quase que de forma idêntica ao que os guerreiros persas fizeram em 546 a.C. Semelhantemente, a igreja em Sardes não cuidou dos seus “muros”, permitindo que fossem escalados, para ser invadida, dominada e influenciada negativamente, promovendo morte. Não foi assim também com a história mundial da igreja? Já não lemos e testemunhamos em continentes, países, estados, cidades, distritos e bairros de igrejas locais que nasceram, experimentaram a plenitude da vida no Espírito, adoeceram e morreram?
Enquanto denominação evangélica, em que somos melhores que tais igrejas? Sendo assim, se não ficarmos alertas, também morreremos. Já há sinais de morte em vários lugares, mas temos vida do Espírito ainda presente em várias congregações. A ordem é para fortalecer as pessoas e aquilo que de bom ainda há na igreja. Não nos basta ser uma grande igreja, é preciso ser uma igreja de obras perfeitas. Quantidade sem qualidade não tem valor no Reino de Deus.
Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. (Ap 3.3)
A ordem para a igreja em Sardes foi “lembra-te” (gr. mnemoneue). No grego o verbo se encontra no modo imperativo, no tempo presente e na voz ativa, ou seja, implica em uma ordem de Jesus que deveria ser cumprida durante todo o tempo pelos crentes em Sardes. A constante lembrança daquilo que recebemos e aprendemos é fator essencial para não entrarmos num processo de morte.
Assim como no caso de Éfeso, o arrependimento é também exigido. O arrependimento que possibilita novamente o perdão e aceitação de Deus é mais do que simples verbalização de frases prontas e impressionistas. O termo grego para “arrependimento” aqui se deriva de metanoeo, que implica em mudança de pensamento ou mentalidade que resulta em mudança de sentimentos e atitudes. É uma mudança plena de uma condição que desagrada a Deus, para uma outra condição de o alegra. Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples remorso (2 Co 7.10).
Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas. (Ap 3.4)
Como bem colocado por Kistemaker: “Entre as cinzas do fogo se encontram uns poucos tições fumegantes, que com um lufada de vento arderão em chama”. [1]
No grego, lemos literalmente “tens poucos nomes” (echeis oliga onomata), o que implica na ideia de que o Senhor conhece os seus individual e nominalmente (Is 43.1). Esse pequeno grupo de crentes em Sardes não se dobrou diante do secularismo, do pluralismo religioso, nem do relativismo moral vigentes. A pureza e santidade dos tais foram simbolizadas pelas roupas de cor branca. Sim, é possível viver em meio à corrupção espiritual e moral, e mesmo assim manter as vestes limpas e incontaminadas. Tal condição é indispensável para andar, caminhar lado a lado com o Senhor.
Para aqueles que se enquadram no perfil do remanescente fiel da igreja em Sardes, fica a promessa:
O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Ap 3.5-6)

Comentário e subsídio do Pr. Altair German

A Igreja em Tiatira



TIATIRA, A IGREJA TOLERANTE.

A Fundação da Igreja em Tiatira
Situada a sudeste de Pérgamo, num vale espaçoso, Tiatira foi marcada por uma indústria artesanal e um comércio bastante diversificado e próspero, onde estavam presentes padeiros, pintores, curtidores, oleiros, metalúrgicos e trabalhadores têxteis. [1] Este profissionais se organizavam em associações fraternais, semelhantes aos atuais sindicados. Cada associação tinha seu próprio deus, e seus membros participavam de festivais idólatras, que incluíam banquetes oferecidos aos ídolos e orgias sexuais. Não havia em Tiatira grandes templos pagãos, nem a adoração ao imperador constituía grande ameaça. [2]
Quanto a sua fundação e organização, a igreja em Tiatira pode ter sido resultado do testemunho de Lídia (At 16.14), ou alcançada pelo trabalho missionário de Paulo (At 19.10).
A Condição da Igreja em Tiatira
Na carta à igreja em Tiatira o Senhor Jesus se apresenta como aquele que tudo vê e que julga retamente (Ap 2.18).
Diferente de Éfeso, a igreja em Tiatira superou o tempo, conseguindo crescer em obras e amor. Quantidade, qualidade e motivação certa devem caminhar juntas no exercício da diaconia cristã:
Conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fé, o teu serviço, a tua perseverança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras. (Ap 2.19)
Apesar de praticar a caridade, em Tiatira uma falsa profetiza e mestra era tolerada:
Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos. (Ap 2.20)
Seu ensino e influência promoviam a idolatria e a imoralidade sexual entre os crentes em Tiatira. O grave é que a repreensão do Senhor Jesus sinaliza que não havia uma resistência firme contra as heresias de Jezabel, antes, havia uma perigosa tolerância.
A identificação desta falsa profetiza e mestra com a Jezabel do Antigo Testamento, mulher do rei Acabe, se dá em razão da influência de ambas na proliferação da idolatria e da desobediência a Deus (1 Rs 16.31-33; 21.25; 2 Rs 9.30-37).
Lições que Aprendermos com a Igreja em Tiatira
No Novo Testamento temos a presença de profetisas e mestras atuando na igreja, pois não há acepção de pessoas por gênero, raça, condição social, etc., na concessão dos dons do Espírito (1 Co 12.7-11). Em Efésios 4.11 temos uma lista de dons, e não de cargos eclesiásticos: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres”. Dessa forma, tais dons operam em homens e em mulheres. O que não encontramos no Novo Testamento são as mulheres na condição de "Bispas" ou "Presbíteras" governando, e nesta condição ensinando a igreja. O ofício (bispo ou presbítero) necessita da operação dos dons, mas a operação dos dons não necessita do ofício. Em Atos 2.17 lemos que “vossas filhas profetizarão”. As filhas de Filipe, o evangelista, profetizavam (At 21.8-9). Priscila, ao lado de seu marido Áquila, foi uma grande discipuladora e ensinadora (At 18.26), sem precisar ser ordenada para isso.
Na história da igreja, e mais especificamente das Assembleias de Deus no Brasil, temos notáveis exemplos de mulheres que com excelência realizaram a obra de Deus através dos dons que o Espírito as concedeu. Observemos alguns exemplos, dentre tantos outros que poderíamos aqui citar: [3]
- Frida Vingren. O trabalho desenvolvido por esta mulher ao lado do esposo Gunnar Vingren envolvia atividades evangelísticas, trabalho social, direção de grupos de oração e visitadoras, direção da Escola Dominical, tocava e cantava hinos e substituía o marido na direção dos cultos quando este se ausentava em visita ao campo ou por causa das enfermidades. [4]
- Emília Costa. Separada por Gunnar vingren para servir como diaconisa em 1925, na Assembleia de Deus em São Cristóvão, Emília Costa foi bastante atuante na evangelização e realização de cultos nas cadeias da cidade. É a única mulher brasileira que aparece na foto oficial da Convenção Geral das Assembleias de Deus de 1933. [5]
- Florência Silva Pereira. O grande trabalho desenvolvido por esta mulher de Deus envolveu a direção e o pastoreio da Assembleia de Deus em Alagoinhas - BA, em 1943, onde construiu um templo. Em 1950, ao chegar a Sergipe, foi enviada pelo pastor Euclides Arlindo para dirigir o campo da Assembleia de Deus em Carmópolis (já tive a oportunidade de pregar nesta cidade), à frente do qual abriu igrejas nos municípios de Maroim, Rosário, Laranjeiras e Santa Rosa de Lima. Quando teve que deixar o trabalho, já havia dois templos, um salão e algumas casas alugadas pela destemida obreira do Senhor. [6]
Infelizmente, nas Assembleias de Deus no Brasil, assim como em outras igrejas, o trabalho da mulher não foi marcado apenas por grandes realizações. Há também exemplos negativos. Da mesma forma que a Jezabel do Antigo Testamento, e da Jezabel do Novo Testamento, há profetisas, mestras e esposas de líderes, que em vez de ajudar, acabam atrapalhando e comprometendo a saúde da igreja e o ministério do seu marido. Jezabel aponta para aquela esposa de líder que manda e desmanda, e cujo marido não tem força para conte-la. No reino onde Jezabel atua, as principais decisões são tomadas por ela. É ela que decide quem vive ou morre, quem fica ou sai, para quem serão distribuídos os cargos, qual programa de governo a ser seguido, a programação dos cultos, os hinos a serem cantados e quem será o pregador da noite ou o preletor do congresso.
Jezabel é também aquela profetiza a quem alguns líderes imaturos recorrem quando precisam tomar alguma decisão na igreja. Jezabel é ainda aquela profetiza e mestra que na base da pseuda revelação profética tentar intimidar os crentes, e dissemina falsos ensinos, que não se sustentam à luz de uma hermenêutica e exegese sadia, e da iluminação do Espírito.
O trabalho da mulher na igreja deve ser valorizado na medida em que se fundamenta na Palavra. Na mesma proporção e medida, nenhuma ação ou ensino que possa distorcer a sã doutrina, e perverter a conduta dos crentes devem ser tolerados. O ensino e a influência maligna de Jezabel trazem juízo para ela e para os seus seguidores, sempre que a longanimidade de Deus é desprezada (Ap 2.21-23).
Assim como na igreja em Tiatira, fica também para nós a advertência e a promessa do Filho de Deus:
Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coisas profundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós; tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha. Ao vencedor, que guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei autoridade sobre as nações, e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços como se fossem objetos de barro; assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Ap 2.24-29)

Comentário e subsídio do Pr. Altair German

A Igreja em Pérgamo


PÉRGAMO, A IGREJA CASADA COM O MUNDO.

A Fundação da Igreja em Pérgamo
Pérgamo situava-se a 30 km do Mar Egeu, e cerca de 100 km ao norte de Esmirna. Devido a um embargo comercial, não podendo comprar o tradicional papiro, a industrialização de peles de animais (pergaminho) tornou-se forte na cidade. [1] Como centro cultural destacou-se em possuir uma biblioteca com cerca de duzentos mil rolos e uma escola de medicina. [2] Como centro religioso, em Pérgamo havia um templo para Zeus, Atena, Nicéfora, Dioniso Catégemo e Asclépio. Um imponente altar dedicado a Zeus com cerca de 37 metros chamava a atenção. O culto ao imperador tinha seu centro em Pérgamo. [3] A idolatria dominava a cidade.
Assim como no caso de Esmirna, não há registros específicos da chegada do Evangelho e da fundação da igreja em Pérgamo, podendo se enquadrar também no contexto de Atos 19:10.
A Condição da Igreja em Pérgamo
Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes: Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha testemunha, meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. (Ap 2.12.13)
Ao se apresentar na carta à igreja em Pérgamo, Jesus enfatiza o poder da sua espada afiada de dois gumes (Ef 6.17; Hb 4.12; Ap 19.15), que simboliza o poder da sua palavra. Jesus afirma ainda conhecer o lugar onde a igreja estava estabelecida, as condições adversas, a fidelidade dos crentes perseguidos e martirizados, como no caso de Antipas, a quem o Senhor chama de “minha fiel testemunha”. Que possamos ser considerados pelo Senhor como fiéis testemunhas (gr. martys).
Por se recusarem a participar das práticas idólatras e imorais predominantes em Pérgamo, os cristão foram vitimados pela perseguição e pelo martírio. Foram injustamente acusados de infidelidade a Roma, escarnecidos e ridicularizados. Enfrentavam constantemente as pressões de uma sociedade pagã. Eram evitados por se negarem a participar da adoração pagã, perdiam o emprego ou negócio. Eram considerados pelas pessoas como indignos de viver em Pérgamo. [4] A resistência satânica era muito grande contra aquela igreja.
Em relação ao chamado “trono de satanás”, os estudiosos indicam cinco possibilidades [5]:
- A própria cidade como centro da religião pagã.
- O aspecto arquitetônico da acrópole.
- O formato do altar de Zeus.
- O deus Asclépio (da cura) que tinha a forma de serpente (símbolo da medicina).
- O fato de Pérgamo ser o centro do culto ao imperador.
O Problema doutrinário e Moral na Igreja em Pérgamo
Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. Outrossim, também tu tens os que da mesma forma sustentam a doutrina dos nicolaítas. (Ap 2.14.15)
Com aproximadamente 60 anos de fundação, a igreja em Pérgamo já sofria com falsas doutrinas (heresias). A palavra “doutrina” (gr. didache) pode se referir ao ato de ensinar ou as coisas ensinadas. O Novo Testamento nos fala da doutrina do Pai (Jo 7.16), da doutrina de Jesus (Jo 18.19; 2 Jo 9) e da doutrina dos apóstolos (At 2.42). As falsas doutrinas são também citadas (Mt 16.12; Mc 7.7; Ef 4.14; 1 Tm 6.3).
Na igreja de Pérgamo estava presente a doutrina de Balaão (Nm 22-25; 31.16; 1 Co 10.8; Jd 11) e a doutrina dos nicolaítas (Ap 2.6). Em ambas a ênfase estava num ensino distorcido associado a um estilo de vida permissivo. Quando a doutrina está doente, o que se resulta disso é uma vida cristã enferma. Neste sentido, a falsa doutrina ensinada fundamentava a idolatria e a imoralidade sexual (práticas geralmente associadas nos ritos de adoração aos deuses).
Lições que Aprendermos com a Igreja em Pérgamo
A máxima “boa doutrina gera bons costumes” é verdadeira. No sentido de estabelecer os seus parâmetros doutrinários, e dessa forma se proteger das heresias, as principais igrejas cristãs protestantes elaboraram as suas confissões de fé ou documentos doutrinários oficiais (Ex: Luteranos, Reformados e Batistas).
Quando falamos em doutrina no contexto das Assembleias de Deus, enfrentamos sérios problemas. Em primeiro lugar, o que entendemos por “Assembleia de Deus”? É lamentável afirmar, mas muitas igrejas que possuem na “placa” o nome “Assembleia de Deus” fazem isso pela credibilidade da “marca”, mas em nada se relacionam com a igreja fundada a partir da chegada ao Brasil dos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, no ano de 1911. De lá para cá muitas águas rolaram (e se dividiram).
A Assembleia de Deus no Brasil é hoje uma grande colcha de retalhos, com inúmeras ramificações. As duas maiores convenções nacionais que reúnem os seus pastores são a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) e a Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil Ministério de Madureira (CONAMAD). Em todos os estados existem igrejas e congregações independentes, cujos pastores não estão associados a uma destas convenções, nem a nenhuma outra. Há igrejas e congregações que são fundadas pelos motivos e interesses mais absurdos, entre os quais o desejo pelo poder, pelo título de presidente e por dinheiro. É de fundamental importância que ao procurar uma Assembleia de Deus para se congregar, você busque conhecer a história daquela igreja e alguma coisa sobre a vida do seu líder. Fazendo isso você evitará uma série de problemas futuros.
Diante desta realidade denominacional, e associada ao presente estudo, temos a questão doutrinária. Como anda a doutrina nas Assembleias de Deus no Brasil? A pergunta não é fácil de ser respondida, tendo em vista as dificuldades criadas pelo esfacelamento da denominação. Dessa forma, além de procurar conhecer sobre a história da igreja local e sobre a vida do seu líder, é necessário saber sobre os fundamentos doutrinários daquela organização.
No que diz respeito às igrejas cujos pastores estão associados à CGADB (me deterei nela pelo fato de ser um associado), existe nesta convenção de ministros órgãos e conselhos que de alguma forma procuram regulamentar a sã doutrina. Distoando das denominações protestantes históricas (e isso para mim é grave), não há um documento oficial (tipo confissão de fé) que estabeleça os padrões doutrinários da denominação (além de um tímido “cremos”, publicado mensalmente no Mensageiro da Paz, jornal oficial da instituição). Sua doutrina está dispersa nos periódicos, lições bíblicas e livros publicados pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus – CPAD, e em algumas resoluções oficiais. Quando surge um problema doutrinário tido por grave, a CGADB estabelece uma comissão para discutir a questão e emitir uma parecer, que deve ser aprovado pelo plenário em suas assembleias. A doutrina “assembleiana” tem influência de várias correntes históricas, mas principalmente dos batistas, denominação de origem de seus fundadores no Brasil, alcançados pelo movimento pentecostal no início do século XX, vivenciado nos Estados Unidos da América.
O espaço aqui não permite uma discussão mais aprofundada sobre o assunto, mas é o suficiente para dizer que as Assembleias de Deus no Brasil enfrentam uma crise doutrinária, e consequentemente uma crise moral, assim como na igreja em Pérgamo.
Diante das múltiplas faces e formas de Assembleias de Deus no Brasil, há igrejas que gozam de saúde doutrinária e moral, enquanto outras estão gravemente enfermas. Não podemos aqui de forma alguma generalizar a crise, ou passar a régua, nivelando todas e todos.
Do ponto de vista da doutrina temos problemas nas áreas da doutrina de Deus, do Espírito e de Cristo, na eclesiologia, etc. Além disso (e por causa disso), sofremos forte influência de modismos doutrinários (quebra de maldição de hereditária, teologia da prosperidade, etc.) e dos modelos “mercadológicos” de algumas igrejas neopentecostais.
Na questão moral, me assusto com o crescente número de divórcios envolvendo pastores, e mais ainda, com os motivos fúteis e escandalosos de boa parte destes divórcios. A consequência disso é que o mau exemplo de algumas lideranças (não podemos generalizar) acabou por banalizar o divórcio entre os membros da igreja. Se os pastores podem, podemos também, afirmam alguns. Se eles não são disciplinados, não podem também nos disciplinar, declaram outros. Além da questão do divórcio (que trato com temor e tremor), há os escândalos sexuais que envolvem do adultério à pedofilia. Pérgamo é aqui! Diante dos fatos, a nossa única saída está no arrependimento e abandono de tais práticas: “Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca.” (Ap 2.16)
Jesus está voltando, e para aqueles que conseguem ouvir e atender ao seu alerta, em vez de se irritarem diante das verdades aqui expostas, fica a promessa:
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe. (Ap 2.17)


Comentário e subsídio do Pr. Altair German


A Igreja em Esmirna


ESMIRNA, A IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR.

O Martírio de Policarpo, Bispo de Esmirna
A Fundação da Igreja em Esmirna
Localizada ao norte de Éfeso, e com uma população de cerca de 250.000 habitantes, a cidade de Esmirna era considerada a mais bela da Ásia Menor. Sua beleza natural era fascinante. Seu esplendor habitava entre o mar e as montanhas. Sua estrutura urbana era modelo para as demais cidades de sua época. O comércio internacional favorecia economicamente a cidade, que era grande exportadora de mirra.
Na condição de centro religioso, em Esmirna eram adorados os deuses Cibele, Apolo, Asclépio, Afrodite e Zeus. O culto ao imperador, que incluía a queima de incenso a imagem de César, foi lá bastante difundido e praticado.  [1] Conforme Kistemaker:
Em 26 d.C., ela dedicou um templo ao imperador Tibério e se gabava de ser a principal no culto ao imperador. Essa jactância agradou aos administradores romanos, os quais fomentavam a paz e a unidade que caracterizavam o espírito de Roma por todo o império. William Barclay escreve que, para tornar o espírito de Roma tangível, os romanos apresentaram o imperador como sendo sua incorporação, e assim surgiu o culto ao imperador. Ainda que alguns dos primeiros imperadores discordassem de tal culto, a população o ativou ao ponto de tornar os imperadores divinos. [2]
Não há registros específicos da chegada do Evangelho e da fundação da igreja em Esmirna, mas podemos sem problema algum enquadrar tais fatos no contexto de Atos 19.10:
Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos.
Como na grande maioria dos casos, na medida em que foi estabelecida pela pregação do Evangelho, a igreja em Esmirna começou a provocar e a vivenciar algumas tensões, inquietações e desconfortos, que aos poucos se transformou numa violenta e cruel perseguição.
A Perseguição à Igreja em Esmirna
Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver: (Ap 2.8)
Os historiadores sugerem que o bispo da igreja em Esmirna por ocasião desta carta era Policarpo (69 d.C.-155 d.C.). Como falar de Esmirna e não citar esse grande mártir da história do cristianismo?
Policarpo fora discipulado por João. Ao se tornar pastor da igreja em Esmirna manteve-se fiel à Palavra, mesmo sendo sabedor da possibilidade do martírio.
No ano de 155 ainda estava vigente a política de Trajano sugerida ao governador Plínio, onde os cristãos não eram perseguidos, mas se delatados por alguém, e se negavam a adoração aos deuses ou ao imperador, eram submetidos aos tribunais romanos, condenados, castigados e martirizados.  [3]
Eusébio de Cesaréia, em sua História Eclesiástica, nos narra alguns detalhes do martírio de Policarpo, registrados numa correspondência enviada pela igreja em Esmirna às igrejas de Ponto. Antes de relatar os fatos relacionados ao martírio de Policarpo, na referida correspondência se encontras detalhes sobre os métodos empregados pelos martirizadores dos crentes em Esmirna:
Os que postavam à volta ficavam tomados de assombro ao vê-los lacerados por chicotadas, expondo o próprio sangue e artérias, de modo que a carne encerrada nas partes mais internas do corpo e as próprias entranhas ficavam à vista. Eles eram deitados sobre conchas do mar e sobre pontas afiadas de lanças sobre o chão. E depois de passar por todo tipo de punição e tormento, eram por fim lançados às feras.  [4]
Foi a postura de um jovem nobre chamado Germânico diante de seu próprio martírio, que a fúria dos perseguidores se voltou incontrolavelmente contra o líder da igreja em Esmirna. Persuadido por muitos e de várias maneiras para que negasse a sua fé em Cristo, e que prestasse culto ao imperador, Policarpo caminhou firme em direção ao estádio onde seria martirizado. Quando o governador lhe pediu para que negasse a Cristo, Policarpo lhe respondeu:
Oitenta e seis anos tenho-lhe servido, e ele nunca me fez mal; e como posso agora blasfemar meu Rei que me salvou? [... ] Ameaça-me com fogo que queima por um momento e logo se extingue, pois nada sabes do julgamento que virá e do fogo da punição eterna reservada para os perversos. Mas, por que te demoras? Faze o que desejas.  [5]
As palavras de Policarpo enfureciam cada vez mais os seus algozes. Como de costume, o arauto se dirigiu ao centro do estádio e proclamou: “Policarpo confessa que é cristão”. Amarrado a uma estaca e sem roupas, antes de seus executores acenderem o fogo, Policarpo fez a seguinte oração:
Ó Pai de teu amado e bendito Filho Jesus Cristo, por meio de quem recebemos o conhecimento a teu respeito. O Deus dos anjos e poderes, e de toda a criação, e de toda a família dos justos, que vive diante do pai, bendigo-te por teres me considerado digno deste dia e hora, de fazer parte do número de mártires e do cálice de Cristo, até a ressurreição da vida eterna, tanto da alma como do corpo, na felicidade incorruptível do Santo Espírito. Que eu possa ser recebido entre eles em sua presença neste dia, como um sacrifício rico e aceitável conforme preparou, revelou e cumpriu o fiel e verdadeiro Deus. Assim, por essa causa e por todas as coisas louvo-te, bendigo-te por intermédio do sumo sacerdote eterno, Jesus Cristo, teu Filho amado. Por meio de quem seja a glória para ti no Santo Espírito, agora e para sempre. Amém.  [6]
Quando nos deparamos com as narrativas acima, passamos a entender a necessidade da ênfase dada no início da carta à igreja em Esmirna à morte e ressurreição de Jesus, que certamente contribuiu para ajudar aqueles crentes fiéis a superarem o medo natural da morte e do martírio.
O Exemplo da Igreja em Esmirna
Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás. (Ap 2.9)
Jesus declara conhecer a real condição daquela igreja, que implicava em constante e grande aflição (gr. thlipsin), e em extrema pobreza (gr. ptocheian), mas que era espiritualmente e essencialmente rica.
A condição da igreja em Esmirna promove a desconstrução dos fundamentos da Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira, fortemente difundidos nas Assembleias de Deus no Brasil pelo pastor Silas Malafaia, através de seu programa de televisão. Os crentes de Esmirna eram fiéis, mas tal fidelidade provocou a tribulação e pobreza material deles, visto que na próspera cidade de Esmirna muitos foram obrigados a deixar os seus empregos, tendo também os seus bens confiscados.  [7] Como bem adverte Kistemaker:
Isso não significa que os crentes devam atrair perseguição e dificuldades a fim de ficarem ricos de possessões espirituais; antes, Jesus quer que sejam fiéis, a ele e à sua palavra, mesmo quando passam por dificuldades e abuso, porque então serão espiritualmente bem-aventurados (Mt 5.11, 12; Tg 2.5)
É preciso ter cuidado para não incorrermos no erro da Teologia da Prosperidade e da Teologia da Miserabilidade.
O tipo de fé vivenciada pela igreja em Esmirna deve provocar em nós uma reflexão sobre o tipo de fé que vivenciamos em pleno século XXI. Até que ponto não estamos praticando algum tipo de idolatria pós-moderna? Podemos não estar cultuando o “imperador”, mas será que não cultuamos o “poder” do imperador? Quando pastores abandonam os seus ministérios, ou dividem o pastoreio do rebanho com a política secular, não está aí presente o culto ao poder? Quando líderes fazem acertos com políticos em bastidores, chegando a negociar os votos da igreja em períodos de campanhas eleitorais, visando em alguns casos tirar proveito em benefício próprio, de familiares e de amigos, não estamos queimando incenso aos imperadores? Será que não trocamos os deuses em forma de estátuas e imagens, por deuses em forma de bens e recursos materiais?
O atual assédio dos políticos mundanos em torno das Assembleias de Deus no Brasil, não deveria provocar em nós desconfiança? Por que não éramos assediados quando não passávamos de um pequeno grupo de “bodes barulhentos”? Por que nossos templos não eram visitados por vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidentes na época em que não tínhamos tanta expressividade numérica e visibilidade social?
Será que diferente da igreja em Esmirna, não fomos seduzidos, embriagados, entorpecidos e enganados pela glória e honra do presente século, oferecida por satanás ao próprio Cristo (Mt 4.8-9)?
Qual é a real condição da igreja evangélica brasileira, e em especial as Assembleias de Deus, diante daquele que não apenas conhece todas as obras, mas que conhece também os nossos desejos, vontades, motivações e interesses?
Que a igreja de Esmirna nos sirva de exemplo e referencial de fidelidade a Deus, coragem e determinação.
[...] Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte. (Ap 2.10c-11)


Comentário e subsídio do Pr. Altair German



A Igreja em Éfeso


ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO.
A fundação da Igreja em Éfeso
Cidade de grande importância na província romana da Ásia (atualmente, parte da Turquia), com cerca de 500.000 habitantes, grande centro cultural, comercial e religioso, Éfeso foi alcançada pelo Evangelho no final da segunda viagem missionária de Paulo, que ao chegar na cidade pregava aos judeus na sinagoga (At 18.19-21). Em sua terceira viagem missionária Paulo retornou a Éfeso, onde se estabeleceu por um período de três anos (At 19.1-20; 20.17-21, 31).
A igreja em Éfeso foi destinatária de duas cartas, a primeira enviada por Paulo entre 60-64 d.C. (Ef 1.1-2), e a segunda enviada por Cristo através de João por volta do ano 96 d.C. (Ap 2.1-7).
A Ascensão da Igreja em Éfeso
Em seus primórdios, a igreja em Éfeso foi contemplada com a plenitude do poder do Espírito, derramada sob a imposição de mãos de Paulo, e manifesta através da manifestação do falar em línguas e de profecias (At 19.6-7).
Éfeso se tornou uma base missionária estratégica, a partir de onde todos os habitantes da Ásia foram alcançados pela mensagem do Evangelho, e testemunharam dos milagres extraordinários que Deus operava pelas mãos de Paulo (At 19.10-12). A sã doutrina foi também ensinada exaustivamente e amplamente por Paulo (At 20.21).
Na carta escrita por Paulo aos efésios fica evidente o alto nível de vida espiritual experienciada e vivenciada naquela igreja:
Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, [...] (Ef 1.3)
e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; (Ef 2.6)
Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. (Ef 3.14-19)
A igreja em Éfeso foi abençoada também com a diversidade de ministérios, fator imprescindível para o alcance da maturidade espiritual:
¬¬¬E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. (Ef 4.11-14)
Apesar destas, e de tantas outras bênçãos, a igreja em Éfeso, assim como as demais igrejas da Ásia, foi seriamente e claramente advertida quanto aos perigos que a rondaria, e que trabalharia no sentido de removê-la de sua fé, amor e ortodoxia (At 20.29-31; Ef 6.10-17).
É interessante que nas últimas recomendações dadas por Paulo em sua carta àquela igreja, o desejo e a necessidade de contínua paz e amor com fé são destacados (Ef 6.23). Sobre a combinação de fé com amor William Barclay escreve:
[...] o amor sem fé é sentimentalismo, e a fé sem amor é aridez. [...] Esta combinação de fé e amor deve produzir ação, porque o amor nunca deve ser mera aparência (Rm 12.9). É perfeitamente possível pregar o amor e viver uma vida sem ele, cantar os louvores do amor nas palavras, e negar a existência dele nas ações. [...] A fé deve estar ligada ao amor, e o amor à fé, e esta combinação deve ter como resultado a mão generosa e o coração que perdoa. (As obras da carne e o fruto do Espírito, Vida Nova, 2000, p. 66 e 67)
A Decadência da Igreja em Éfeso
A igreja em Éfeso, assim como muitas outras ao longo da história, não resistiu ao fato tempo. Com cerca de sessenta anos de fundação, já se encontrava num estado de crise espiritual grave, que resultou na carta que Jesus pediu que João escrevesse e que lhe fosse enviada (Ap 2.1-7).
A grande ênfase desta carta recai sobre o abandono do primeiro amor (gr. agápe) pela igreja. Há pelo menos três possibilidades implícitas aqui:
- O abandono do primeiro amor a Deus. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas (Mt 22.37; Mc 12.30; Lc 10.27; Rm 8.28; 1 Co 2.9; 2 Tm 4.8; 1 Jo 4.19). Há um pensamento de Barclay bastante pertinente:
O cristianismo não pensa em termos do homem finalmente se submeter ao poder de Deus; pensa em termos de ele finalmente se entregar ao amor de Deus. Não se trata de a vontade do homem ser esmagada, trata-se de o seu coração ser quebrantado. (Ibid., p. 73).
O amor a Deus é provado pela livre submissão e obediencia à sua Palavra e vontade, e pela maneira como amamos o nosso próximo (1 Jo 4.20).
- O abandono do primeiro amor ao próximo. No comentário da Bíblia de Estudo Conselheiro (SBB, 2011, p. 552) sobre esta possibilidade, lemos:
Será que esses crentes passaram a dedicar-se tanto a combater erros, falsos profetas e falsas doutrinas que, aos poucos, acabaram se distanciando do amor e da graça, a ponto de o amor cristão nos relacionamentos ir perdendo lugar? Jesus deixa claro que essa direção é mortal para a igreja.
Em se tratando de Assembleia de Deus, acrescentaria as seguintes possibilidades: Será que a liderança da igreja passou a dedicar tanto tempo a construção de obras faraônicas, para louvor da própria glória, para perpetuação do seu nome e para demonstração de força e poder diante dos seus “concorrentes” (Gn 11.4; 2 Sm 18.18), e ainda a desperdiçar tanta energia e dinheiro com campanhas políticas eclesiásticas em disputas eleitorais por cargos e posições, a ponto de o amor cristão e o cuidado com o rebanho ir perdendo lugar? Será que as recomendações de Paulo aos presbíteros da igreja em Éfeso não nos caberia hoje (At 20.28)?
Será que na condição de crentes estamos tão voltados para o nosso enriquecimento e acúmulo de bens materiais (Mt 6.19-21), influenciados pela Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira, que acabamos por incorrer no erro do rico insensato (Lc 12.13-21) e na adoração avarenta às riquezas (Mt 6.24).
Vale lembrar que na perspectiva cristã o próximo é todo aquele que precisa e a quem podemos ajudar, inclusive reais ou potenciais inimigos (Lc 10.25-37), justos ou injustos (Mt 5.43-48).
Diante destes fatos, assim como nos dias do Novo Testamento, uma crise de hipocrisia em torno do amor assola os púlpitos e a igreja de forma geral (Rm 12.9-10).
- O abandono do primeiro amor na realização das obras. O ativismo dos efésios é outra praga vivenciada em nossos dias. Estamos tão envolvidos com a realização de coisas para Deus (e para nós mesmos), que perdemos de vista as reais e legítimas motivações para isso. Ministérios, igrejas, líderes e membros em geral são avaliados pela quantidade de coisas que fazem na e para a igreja, e não pelos sentimentos nobres que deveriam nortear as suas realizações. Fazemos as coisas pelas coisas. Queremos demonstrar nossas habilidades produtivas, nossa eficiência e eficácia, nossas competências, nossa suposta espiritualidade ou generosidade, nossa disponibilidade ao martírio, mas nos esquecemos de que se não tivermos amor, nada vale ou aproveita:
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei. E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me aproveitará. (1 Co 13.1-3).
Além do abandono do primeiro amor na realização das obras, passamos a amar mais as obras do que a Deus e ao próximo. Amamos presidir, construir, ensinar, pregar, orar, cantar, tocar, ofertar, etc., porque todas estas coisas ajudam na autopromoção, no louvor que vem dos homens. Quando o primeiro amor é abandonado, em lugar de altruísmo e da glória de Deus, nos tornamos egoístas e buscamos o reconhecimento dos nossos feitos aqui e agora.
A Oportunidade de Restauração da Igreja em Éfeso
Nenhum juízo é derramado por Deus sobre o seu povo, sem que Ele antes não deixe claro o pecado cometido, e não conceda a oportunidade de arrependimento.
Ao mandar que João escrevesse e enviasse a carta à igreja em Éfeso, o Senhor desejou promover uma tomada de consciência por parte do líder e de toda a igreja, que resultasse na lembrança de onde a mesma tinha caído (o que implica também “onde”), e consequentemente em seu arrependimento:
Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. (Ap 2.5)
O arrependimento que possibilita novamente o perdão e aceitação de Deus é mais do que simples verbalização de frases prontas e impressionistas. O termo grego para “arrependimento” aqui se deriva de metanoeo, que implica em mudança de pensamento ou mentalidade que resulta em mudança de sentimentos e atitudes. É uma mudança plena de uma condição que desagrada a Deus, para uma outra condição de o alegra. Arrependimento é tristeza diante do pecado, e não simples remorso (2 Co 7.10).
A oportunidade foi outorgada à igreja em Éfeso, e é também nos concedida hoje. O que faremos? Qual será a nossa resposta àquele que graciosamente insiste em nos atrair de volta ao primeiro amor, e consequentemente a ele mesmo. Qual o nosso destino enquanto igreja estabelecida na história, denominação evangélica e igreja nacional, regional, estadual ou local?
Somos melhores do que a igreja em Éfeso, ou do que qualquer outra igreja da Ásia? Somos melhores do que alguma igreja que já se estabeleceu em algum momento da história, e que não mais existe? São melhores do que qualquer igreja que apesar de ainda existir, existe em sua própria apostasia?
A exortação do Senhor à igreja em Éfeso, ainda reverbera nos dias atuais:
Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito dias às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus. (Ap 2.7).

 Comentário e subsídio do Pr. Altair German

domingo, 14 de abril de 2013

THE LIFE OF JACOB



           

             Now he who supplies seed to sow that also give you bread to eat, and multiply your seed for sowing and increase the harvest of your righteousness. 2 Corinthians 9:10

            When meditating on that verse God brought me in mind of Jacob's life
When Jacob part to Padanaram, the Word of God says that he carries a walking stick and a bottle of olive oil. Jacob But not only took it. Back then it was the custom of the Hebrew people, if a family were to do some journey across the desert, as were long walks they put some bread in a bag, a bottle of water, and gave the traveler so that he can take on your trip, and would not suffer from hunger and neither yields in the desert. Abraham did this same way with Hagar and Ishmael in Gen. 21.14.Isso his son also had another very important meaning. In the solitude of the desert, during difficult times, people passing through the desert would not feel alone, because when you look at the bag and the bottle, remember who gave them, and know that somehow those who surrendered would be present even but that was not personally represented in those two objects.
            Raises his hand to receive the first of today!
            God is speaking to you. This desert where you are going, not for his death, but for the name of God may be glorified through her life. You will not starve nor to cede this desert. Jesus says: I am the Bread of Life That proves that pro pro body and also spirit. And he also says if you drink any water around, you will thirst again, but whoever drinks the water I give, this will never relents. Although God does not prevent you pass through the desert, He himself spends with you, not symbolized on some object, but with His own presence.
            The bread and water symbolize Divine providence. E is for now, for today, were given to Jacob before he went through the desert. This means that no matter what you're going through the desert, no matter its difficulty, whether financial or sentimental, no matter your need. Before God will allow you to pass through it, God had already filed the necessary provides the solution to your problem God has already prepared even before the problem would arise in your life.
            Olive oil is the precaution was to avoid future came when lacking bread and water. olive oil has always been very valuable for crossing the desert, when he had just bread and water, the oil was used to buy food and clothes.
            It was also used for other situations. When crossing a desert, even with her face covered in parts, dust used to block the nostrils and throat, making breathing difficult. Once the heavy breathing, fatigue resulted in hindering the walk, so it was normal to spend olive oil on top of the nose, helping keep the airways open. It was also common that oil had passed the lips. In the desert the night, the cold was intense, and the oil was past the lips, not to dry out and crack.
            The believer has to go through the desert mouth shut, which is not to eat dust. If you open your mouth, open your mouth to glorify. The people of Israel crossing the desert when the Bible says that the path was 40 days, as people murmured that way 40 days lasted 40 years, the people suffered and did not arrive in the promised land, the ones who stepped on that land were Joshua Caleb and not murmured. God is pouring oil into your nostrils, God is giving you breath in [vo, for you will not stop along the way, but most continue] firm in your walk, maybe this your passage through the cold night desert has dried your lips preventing you from worshiping God already shed His oil that is for you glorify the Lord's name is the name above all names.
            Now the Bible says that Jacob had already gone through Beersheba, Beersheba had been behind the name Beersheba in Hebrew means well of the oath. The bread and water had been consumed, Jacob was no longer where to find resources, he needed to find somewhere where he could spend the night, rest, recover your energy, try to find someone at dawn a merchant and change your oil for food and continue on their journey. This time when it seemed like no more, already tired, no strength he finds in front of a city, the name of the city was Luz
            Do not stop walking, even if the situations seem harsh. God has not given up on you, no matter what people are saying, no matter what Satan is saying, continue, do not stop! Although it seems that God's mercy has ended up in your life, was there to bring. The Word of God says: Let the mercies of the Lord in your life renews itself every morning. Lm 3.22,23. Though he lost all his strength, cold and darkness of the desert no longer seem to be endless, you vai vai look ahead and see the light, your light is called Jesus Christ, He is their strength ..
When Jacob enters the city the Word of God says that he finds a stone, a rough stone, ever crafted by human hands, that has always been there, perhaps many travelers who passed by had noticed nor for others, it may have served offend, or even back to rest her. Jacob takes that stone, she puts a pillow and falls asleep. God appears in a dream to Jacob as an angel.
            The next morning Jacob gets up, looks at stone, and that stone he sees his life, and now Jacob is used in a Divine revelation by God, he takes the stone to put up, and says from today, you do not will be a stone, from today you will be an altar of the Lord, Jacob makes it an altar, and takes the oil spill, not a bit, not half, but all the oil on it.
            Do you know what God is saying?
            That stone was my and your life, it is you and me. For a long time we were stopped midway, fallen, many passed us and not we noticed, were obstacles for many, stumbling to serve many people. For others, serve to anchor, touched many people in us have looked at us, stopping us from growing, but growing at our expense. Until one day God entered the desert of our lives and found us, the first thing God did in his feet, and now he says from now on you will no longer stone, from now you will serve no more Tripping to anyone's life, starting today you do to my altar, you will altar of the Lord, all who pass you by unnoticed had not gone more, but look at you, realized that I am thy God, and I am in your life. One who saw you fall will see you up there, because I the Lord put you up and pour out my anointing upon your life.
            You know how it was that rock? a rough stone. The way Jacob took it, he made the altar, Jacob did not work it. The stone altar that was done could not be worked. You know why? We have to be original, the believer can not use masks, wanting to be smooth, molded, be worked out, and inside remain rough. Man has never been able to mold himself, who will turn you is the Holy Spirit of God, He place to start working in your life ..
            The Bible tells us not to Jacob who gave the olive oil, bread and water. Not speaking up was Rebecca, Isaac or someone else. You know who gave Jacob? was God. The person who gave Jacob was only a channel of blessing used by God. No matter who God will use. What do matter is that in those days God will put people in your path to bless you. But they will only channels, the honor should be given to God.
            As the verse we read at the beginning. The seed of God and also of the bread. The bread in the life of Jacob was the bag of bread and bottle of water, were the Divine provision. The seed in the life of Jacob was the oil that was the case. The bread is to eat now, for today was to sow the seed and not miss the future. You plant a tree, the tree of its fruit, the fruit is the bread is for eating, not as the seed, do not eat the seed. The seed should come back to earth to be born and most other tree fruits, the fruits that you eat and the seed goes back to earth again. The bread and water were Jacob to consume, not the oil. The oil was given to him to beware future.
            When Jacob enters the city Luz, their bread and their water had already consumed. Jacob just needed to find some merchant and exchange its oil for food. But Jacob knew that this could only be done once. After he eat bread, drink water and when it runs again, he would not take over where their supplies. That's when Jacob takes one of, or a major move of his life. He takes everything he owns more valuable, olive oil, and pour on the altar of the Lord. And make a vow to the Lord. Jacob says, Gen. 28.20,22 b "If the Lord is with me and will keep me and give me food and clothing, the Lord shall be my God ... and all that concederes me I will give you a tenth."
            You have given your best to the Lord?
            After this attitude of Jacob Jacob comes home from his uncle Laban and out a few years later, much richer than his uncle.
            On purpose that Jacob did with the Lord. Whatever God gave to Jacob he returned the 10% to God, he was so successful. I often say that we are not we give 10% to God, the more He who gives us 90%, the Bible does not command us to give 10% to the Lord, she sends back, get out back is because it is not ours, it is because it is through Him the Lord who conquered all things. The tithe is seed. God gives you the seed and also gives you the bread. The 90% are breads, for you are eating now, however the 10% are seeds of God, must come back to God. You can not eat the seed if not you do not sown, and if you do not sow in the future not picked. The offerings are also seeds you sow now to reap later when spoon future strip again the 10% that are seeds, sow again to reap later, and can eat again the 90% that is bread. Doing so never lacked bread on your table and never had seed.



                                                                                              Claudio Jesus

A VIDA DE JACÓ


            

              Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, e multiplique a vossa sementeira, e aumente os frutos da vossa justiça. 2 Coríntios 9.10

            Quando meditava nesse versículo Deus me trouxe em mente a vida de Jacó.
Quando Jacó parte pra Padã-Arã,a Palavra de Deus diz que ele leva consigo, um cajado e um odre de azeite .Mas Jacó não levou somente isso. Naquela época era de costume do povo hebreu, se um familiar fosse fazer alguma viagem, atravessar pelo deserto, como eram longas as caminhadas eles colocavam alguns pães em um alforje, água em um odre, e os entregava ao viajante para que ele levasse consigo em sua viagem, e não viesse a padecer de fome e nem de cede no deserto. Abraão fez desta mesma forma com Agar e Ismael seu filho em Gn 21.14.Isso também tinha outro significado muito importante. Na solidão do deserto, nos momentos mais difíceis, quem passava pelo deserto não se sentiria só, pois quando olhasse para o alforje e para o odre, lembraria de quem os entregou, e saberia que, de certa forma quem os entregou estaria presente, mesmo que não fosse pessoalmente mas representado naqueles dois objetos.
            Levanta a sua mão pra receber a primeira de hoje!
            Deus esta falando com você. Esse deserto a qual você esta passando, não é pra sua morte, mas sim pra que o nome de Deus seja glorificado através da sua vida. Você não vai morrer de fome e nem de cede nesse deserto. Jesus diz: Eu sou o Pão da vida Aquele que prove pro corpo e também pro espirito. E diz também, se você beber de qualquer água por ai, você terá sede, mas quem beber da água que eu der, esse nunca mais terá cede. Ainda que Deus não impeça que você passe pelo deserto, Ele próprio passa junto com você, não simbolizado em algum objeto, mas com Sua própria presença.
            Os pães, e a água, simbolizam a providencia Divina. E é pra agora, pra hoje, foram entregues a Jacó, antes que ele passasse pelo deserto. Isso quer dizer que não importa o deserto que você esta passando, não importa sua dificuldade, se financeira ou sentimental, não importa a sua necessidade. Antes que Deus permitisse que você passasse por isso, Deus já havia entrado com a providencia necessária, a solução do seu problema Deus já preparou antes mesmo que o problema viesse a surgir na tua vida.
            O azeite representa a precaução, era para se precaver futuramente, quando viesse faltar o pão e a água. o azeite sempre foi muito valioso, nas travessias pelo deserto, quando acabasse o pão e a água, usava-se o azeite para a compra de alimentos e vestes.
            Era usado também pra outras situações. Quando se atravessava um deserto, mesmo com o rosto em partes coberto, a poeira costumava obstruir as narinas e a garganta, dificultando a respiração. Uma vez a respiração pesada, resultava no cansaço dificultando a caminhada, então era normal que se passasse azeite na parte superior do nariz, ajudando desobstruir as vias aéreas. Era comum também que se passasse azeite nos lábios. No deserto a noite, o frio era intenso, e o azeite era passado nos lábios, para não ressecar e rachar.
            O crente tem que passar pelo deserto de boca fechada, que é pra não comer poeira. Se for abrir a boca, abra a boca pra glorificar. O povo de Israel quando atravessava pelo deserto a bíblia diz que o caminho era de 40 dias, como o povo murmurou aquele caminho de 40 dias durou 40 anos, o povo padeceu e não chegou na terra prometida, os únicos que pisaram naquelas terras foram Josué e Calebe que não murmuraram. Deus esta derramando azeite nas tuas narinas, Deus esta te dando um folego no[vo, pra que você não venha parar pelo caminho, mais sim continuar ]firme na tua caminhada, talvez nesta tua passagem pelo deserto o frio da noite tenha ressecado os teus lábios te impedindo de adorar, Deus já esta derramando Seu azeite, que é pra você glorificar o nome do Senhor que é o nome acima de todos os nomes.
            Agora a bíblia diz que Jacó já havia passado por Berseba, Berseba já havia ficado pra trás, o nome Berseba em hebraico quer dizer poço do juramento. O pão e a água haviam se consumido, Jacó já não tinha mais onde encontrar recursos, ele precisava encontrar algum lugar onde pudesse passar a noite, descansar, recuperar suas energias, pra tentar ao amanhecer encontrar alguém um mercador e trocar o seu azeite por alimento e dar continuidade na sua caminhada. Nessa hora quando parecia não ter mais jeito, já cansado, sem forças ele encontra na sua frente uma cidade, o nome da cidade era Luz.
            Não pare de caminhar, ainda que as situações pareçam adversas. Deus não desistiu de você, não importa o que as pessoas estão dizendo, não importa o que satanás esta dizendo, continue, não pare! Ainda que pareça que a misericórdia de Deus já se findou  na tua vida, ficou lá pra traz. A Palavra de Deus diz: Que as misericórdias do Senhor na tua vida se renova a cada manhã. Lm 3.22,23.Ainda que tenha perdido todas as suas forças, o frio e a escuridão do deserto pareçam não mais ter fim, você vai olhar pra frente e vai enxergar a Luz, sua Luz chama-se Jesus Cristo, Ele é a sua força..
Quando Jacó entra na cidade a Palavra de Deus diz que ele encontra uma pedra, uma pedra áspera, nunca trabalhada por mãos de homens, que sempre esteve ali, talvez muitos viajantes que por ali passaram nem a tivessem notado, para outros, ela pode ter servido de tropeço, ou até mesmo de encosto para descansarem nela. Jacó pega aquela pedra, coloca ela como travesseiro e cai no sono. Em sonhos Deus aparece a Jacó em forma de anjo.
            Na manhã seguinte Jacó se levanta, olha pra pedra, e naquela pedra ele vê a vida dele, e agora Jacó numa revelação Divina é usado por Deus, ele pega a pedra a coloca de pé, e diz: à partir de hoje, você não será mais uma pedra, à partir de hoje você será um altar do Senhor, Jacó faz dela um altar, pega o azeite e derrama, não um pouco, nem a metade, mas todo o azeite sobre ela.
            Sabe o que Deus esta dizendo?
            Aquela pedra, era a minha e a sua vida, ela representa eu e você. Durante muito tempo nós estivemos parados no meio do caminho, caídos, muitos passavam por nós e nem nos notavam, fomos obstáculos para muitos, servimos de tropeço para muita gente. Para outros, servimos de escora, muitas pessoas se encostaram em nós, se debruçaram em nós, nos impedindo de crescer, mas crescendo as nossas custas. Até que um dia Deus entrou no deserto de nossas vidas e nos encontrou, a primeira coisa que Deus fez, nos colocou de pé, e hoje Ele diz: à partir de agora você não será mais pedra, à partir de agora você não servira mais de tropeço pra vida de ninguém, à partir de hoje faço de você o meu altar, você será altar do Senhor, todo aquele que passar por você não passara mais despercebido, mas ao olhar pra você, percebera, que Eu sou teu Deus, e Eu sou na tua vida. Aquele que te viu caído vai te ver lá em cima, porque Eu o Senhor te coloco de pé e derramo a minha unção sobre a tua vida.
            Sabe como era aquela pedra? uma pedra bruta. Do jeito que Jacó a pegou , ele fez o altar, Jacó não trabalhou ela. A pedra que foi feito o altar não poderia ser trabalhada. Sabe porque? Nós temos que ser originais, o crente não pode usar mascaras, querer ser liso, moldado, ser trabalhado por fora, e por dentro continuar sendo áspero. O homem jamais conseguira moldar-se a si mesmo, quem vai te transformar é o Espirito Santo de Deus, de lugar pra Ele começar a trabalhar na tua vida..
            A bíblia não nos relata quem deu a Jacó o azeite, o pão e a água. Não fala se foi Rebeca, Isaque ou alguma outra pessoa. Sabe quem deu a Jacó? foi Deus. A pessoa que entregou a Jacó, foi só um canal de benção usado por Deus. Não importa quem Deus vai usar. Oque importa é que por esses dias Deus vai colocar pessoas no teu caminho pra te abençoar. Mas elas serão somente canais, a honra deve ser dada a Deus.
            Como diz o versículo que lemos no inicio. Deus da a semente e também da o pão. O pão na vida de Jacó era o alforje de pão e o odre de água, eram a provisão Divina. A semente na vida de Jacó era o azeite, que era a precaução. O pão é pra comer agora, pra hoje a semente era pra semear e não faltar no futuro. Você planta uma arvore, a arvore da seus frutos, o fruto é o pão, é pra comer, já a semente não, não se come a semente. A semente deve voltar pra terra pra que nasça outra arvore e de mais frutos, os frutos que der você come e a semente novamente volta pra terra. O pão e a água eram pra Jacó consumir, o azeite não. O azeite foi dado a ele pra se precaver futuramente.
            Quando Jacó entra na cidade Luz, seus pães e a sua água já haviam se consumido. Jacó precisava somente encontrar algum mercador e trocar seu azeite por alimento. Mas Jacó sabia que isso só poderia ser feito uma única vez. Depois ele comeria o pão, beberia a água e quando acabasse novamente, ele não teria mais de onde tirar seus suprimentos. É nesse momento que Jacó toma uma das, ou a principal atitude da sua vida. Ele pega tudo de mais valioso que ele possui, o azeite, e derrama no altar do Senhor. E faz um voto com o Senhor. Jacó diz: Gn 28.20,22b "Se o Senhor for comigo e me guardar e me der pão e vestes, o Senhor será o meu Deus...e tudo quanto me concederes eu te darei o dízimo."
            Você tem dado o seu melhor ao Senhor?
            Depois desta atitude de Jacó. Jacó chega a casa de seu tio Labão e sai, alguns anos depois, muito mais rico do que seu tio.
            No proposito que Jacó fez com o Senhor. Tudo quanto Deus dava a Jacó ele devolvia os 10% a Deus, por isso ele foi bem sucedido. Costumo dizer que não somos nós que damos 10% a Deus, mais Ele quem nos da 90%, a bíblia não nos manda dar 10% ao Senhor, ela manda devolver, se manda devolver é porque não é nosso, é Dele pois é através do Senhor que conquistamos todas as coisas. O dízimo é semente. Deus te da a semente e também te da o pão. Os 90% são pães, são pra você comer agora, porem os 10% são sementes são de Deus, deve voltar pra Deus. Você não pode comer da semente, se não você não semeara, e se você não semear, futuramente não colhera. As ofertas também são sementes, você semeia agora pra colher depois, quando colher futuramente tira novamente os 10% que são sementes, semeia novamente pra colher depois, e pode comer de novo os 90% que é pão. Fazendo desta forma o pão nunca faltara na tua mesa e a semente nunca acabara.



                                                                                              Claudio Jesus